Entrevista com Fábio Pagliuca

Se o Armazém promete, ele cumpre. Por isso estamos postando e entrevista completa com o locutor da rádio Atlântida Fábio Pagliuca. Lembrando que a galera do Armazém foi até o estúdio da Atlântida entrevistar o radialista no dia 21 de agosto e parte da entrevista foi publicada na revista. Agora você confere ela na íntegra aqui.

Armazém - Quais estilos/bandas estão fazendo a cabeça dos jovens?
Pagliuca - Acho que é a hora do rock emo, das bandas caracterizadas por ter um som instrumental, uma pegada hardcore muito forte e letras mais melódicas, que falam de emoções, por isso têm o nome emo. Como exemplo, temos as bandas brasileiras Fresno e Nx Zero, e as estrangeiras, Good Charlotte e Simple Plan.

Armazém - Como os estilos e letras de músicas foram se alterando conforme os anos?
Pagliuca – As letras falam do cotidiano das pessoas, por isso vão mudando conforme a época. Nos anos 70, uma época de contestação, as letras das bandas falavam disso, eram muito mais ácidas e políticas. Nos ano 80, tivemos uma abertura política no Brasil e as bandas passaram a falar disso, a lutar por mais espaço, começaram a falar de sexualidade e liberdade de imprensa. Nos anos 90 e 2000, eu acho que há uma consciência por um mundo melhor, há uma preocupação em falar de coisas positivas, de família, amor e paz.

Armazém - Como você acha que as tribos de música influenciam na vida dos jovens?
Pagliuca - Há uma identificação dos jovens com grupos, eles se identificam mais com pessoas com característica parecidas com as nossas. Eu acho que a música é globalizada. Eu, por exemplo, gosto de quase todos os tipos de música. Eu sempre falo que não existe música ruim, existe aquilo que não me agrada. Eu tenho um estilo de música da qual eu gosto mais, que é o rock dos anos 70, como Led Zeppelin, Deep Purple, Rush e The Doors. Mas eu não posso dizer que eu não goste de uma banda nova, como por Simple Plan ou Strike. A minha dica é o seguinte: mistura tudo!

Armazém - O que você acha sobre rotular as pessoas pelo estilo musical que elas curtem?
Pagliuca - Eu não acho legal isso, pois o que a pessoa ouve não define quem ela é. Também porque hoje tu podes gostar de uma coisa e daqui a um tempo de outra; novas bandas vão surgindo e tu acabas conhecendo outros estilos. Não acho bacana rotular as pessoas por nenhuma característica dela, não só quanto ao que ela ouve. Rotular uma pessoa como chata, feia, alta ou inteligente também não é legal. Cada pessoa tem seu diferencial e seu valor. Mas não se preocupem com rótulos, façam as coisas de forma verdadeira. Se você estiver afim de escutar pagode, escute; se você gostar de funk, e for um momento divertido, escute; se for para ouvir rock, ouça; se quiser curtir aquela baladinha, pensando no gatinho(a), curta, pois o importante é curtir o momento.

Armazém - Tu achas que existem muitas bandas ruins hoje em dia?
Pagliuca - Eu sempre falo que não existe música ruim, existe aquilo que não me agrada. Eu, por exemplo, tenho um estilo de música que eu gosto mais, que é o rock dos anos 70, como Led Zeppelin, Deep Purple, Rush e The Doors. Tenho preferência por esse tipo de som, mas não é por isso que eu não gosto de uma banda nova também, como Strike. A minha dica é o seguinte: mistura tudo!

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